«PERFIL
Este Monumento foi inaugurado pelas 11 horas do dia 22 de Agosto de 1981, cerimónia integrada na Festa dedicada aos Emigrantes e a que estiveram presentes o Governador Civil do Distrito, Dr. Fernando Alberto R. Silva, o Presidente da Câmara Municipal de Fafe, Dr. Parcídio Summavielle, alguns vereadores e elementos das Juntas de Freguesias, bastantes Emigrantes e público, assim como a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Fafe.
- As figuras que o compõem são fundidas em bronze e medem 2,20 m. cada uma, pesando, em conjunto, cerca de 2000 quilos.
A sua escultura é obra do Professor de Belas Artes, Escultor Eduardo Tavares, residente na cidade do Porto, tendo sido fundidas na firma Fundição de Bronzes de Arte, de Fernando Silva Lage, de Oliveira do Douro, Vila Nova de Gaia.
- O plinto (base) em que está assente é de granito da região e tem 2,73 m. de comprimento; por 1,16 m. de altura.
- Erigir esta estátua era ideia antiga no sentido de mostrar a quem nos visita, o símbolo da nossa terra tantas vezes utilizado em cartazes e na mais diversa publicidade comercial.
- Está implantada na Rua dos Combatentes, precisamente na parte traseira do Palácio da Justiça e, a escolha desse local mostrou-se contraditória em alguns sectores da opinião pública mas, ele obedeceu, - segundo a Comissão – ao propósito de se enquadrar, digamos, a «justiça do cacete» evitável; com a «justiça do homem» inevitável e necessária.
- Esta obra custou cerca de 800 contos, sendo que os principais custos foram os de 250 c. para o escultor; 350 c. para a fundição; 60 c. para o plinto e o restante em diversas despesas efectuadas com Festas ao Emigrante, etc. montante esse que foi conseguido pela comissão junto da Câmara, Governo Civil, Comércio e Industria locais, Emigrantes de França, e do público em geral, assim como através de um sorteio que foi um êxito se considerar que, felizmente, só muito poucos, nem devolveram os bilhetes, nem mandaram o dinheiro…
Porém, as contas estão totalmente pagas e a verba sobrante, bem como algumas plaquetas e cinzeiros, vão agora ser distribuídos pelos Bombeiros, Lar da Terceira Idade, A.D. Fafe.
Entretanto, e voltando ao nosso «perfilado» será de sugerir à nossa edilidade que a par das obras já previstas para o local, o mesmo seja dotado de dois ou três holofotes que, com carácter permanente, fiquem, de noite, a iluminar aquele que é o verdadeiro ex-líbris da nossa terra.
- A Comissão Promotora que era constituída pelo Eng. Mário Valente, João da Costa, Carlos Alberto Soares, Abilio Peixoto de Freitas e António Magalhães e a Câmara que tão aberta e receptiva se mostrou bem pode, também, ser considerada a impulsionadora do objectivo, merecem o reconhecimento e o agradecimento geral dos fafenses, assim como será necessário que alguém com possibilidades e capacidade procure, finalmente, nos alfarrábios identificar com clareza e exactidão a verdadeira história da «justiça de Fafe», que, pelo dinamismo e o esforço de alguns dedicados homens da nossa terra, ficou agora aqui perpetuada e que este jornal, para a posteridade, aqui deixa hoje convenientemente «perfilada».»
In Jornal “Justiça de Fafe” nº 187, 22 Outubro 1981