BATOTA NAS CAPELAS DE SANTO OVÍDIO E SÃO JOSÉ

                        

«E AGORA ESTA ?!

Vieram informar-nos de que um grupo de meliantes tem jogado clandestinamente à batota nas capelas de São José e Santo Ovídio, por noite alta, depois do que, mesmo à vista dos santos, que Têm o raro predicado de não denunciar ninguém, começa a competente murraria da praxe, num banzé que chega a tocar as raias do destempero.

Supomos que este facto é o máximo da tratantada, e será conveniente vigiar as moradas daqueles santos para se averiguar da identidade dos desenfreados batoteiros e como conseguem assim entrar nas capelas, mesmo contra o disposto na velha Constituição que reza ser inviolável o domicílio dum sujeito.

Talhar a batota dentro duma capela, que refinadíssima tratantada!

Realmente, neste mundo há meninos para o que for preciso – e até para o que não for preciso.»

In jornal “O Combate”, 25 de Novembro de 1933

QUEDA DE UMA AVIONETA NA CUMIEIRA

Recorte do jornal “O Desforço”, nº 3440, 9 de Março de 1961

 

UM CAMPO DE AVIAÇÃO NA CUMIEIRA

«Ao fim da tarde do dia 27 de Fevereiro, uma avioneta, fez uma “aterragem forçada” num terreno baldio desta vila, na Cumieira.

A avioneta tinha sobrevoado a vila, dando constantemente sinais, fazendo crer a quem os presenciou, que os seus ocupantes estavam em perigo.

Porém, assim aconteceu. A avioneta foi perdendo altura, como querendo descer. De facto a descida forçada deu-se. A avioneta, foi cair num monte da Cumieira, por volta das 19 horas. Esta queda brusca alarmou a população da vila que acorreu ao local. Este estava cheio de curiosos. A estrada era coalhada de automóveis. Felizmente que os seus ocupantes, o aviador snr. Manuel Guimarães, do Porto e o instrutor snr. Teotónio dos Santos, de Leça da Palmeira, nada sofreram de gravidade, a não ser uns leves arranhões.

Apesar de tudo, desta vez caíram bem!...»

In jornal “O Desforço”, nº 3440, 9 de Março de 1961